segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Propaganda, marketing e cenário econômico - Kanitz: "Precisamos deixar o pânico de lado"

Stephen Kanitz: "Precisamos deixar o pânico de lado"


Kanitz é atualmente um dos melhores palestrantes e consultores do país, além de articulista da revista Veja. Foi Assessor do Ministro do Planejamento 1986 – 1987. Criador da Edição Melhores e Maiores da Revista Exame. Árbitro do BOVESPA na Câmara de Arbitragem do Novo Mercado. Além de ter escrito diversas obras como, “O Poder do Auditório”, “Como Prevenir Falência”, “Controladoria”.

Kanitz discursou na última edição da MAXIMÍDIA. Confira abaixo:

Retirado do Meio&Mensagem online.


Em um tom positivo e diferente do discurso alarmista de Nizan Guanaes no painel anterior, que gerou a reação imediata e calorosa de Fábio Fernandes, o painel de encerramento do MaxiMídia 2008 “BRIC - parceiros, concorrentes ou curiosidade?” que contou com a apresentação do administrador e professor Stephen Kanitz, deixou um recado claro: “Precisamos urgentemente deixar esse pânico de lado. A minha palestra deveria falar que o Brasil está melhor que Rússia, Índia e China, mas eu posso dizer que o País está melhor que os Estados Unidos”, afirmou.



Ele criticou o tom alarmista que a imprensa está dando à crise atual e responsabilizou boa parte disso ao fato de ela sempre ouvir como fontes economistas. “Não consigo entender como os jornais ainda ouvem economistas que já erraram previsões três, quatro vezes e ainda estão falando coisas absurdas sobre o momento atual. O que estamos passando não se assemelha nem de longe à crise de 29”. A moderadora do painel, Regina Augusto, diretora editorial do Grupo M&M, lembrou que muitos acontecimentos recentes na economia brasileira foram antecipados no livro “O Brasil que dá certo”, lançado por Kanitz em 1992 que previa um ciclo de crescimento do país até o ano 2005, em especial, a ascensão ao mercado consumidor das classes mais baixas da população. Segundo Kanitz, em relação aos outros países do BRIC, o Brasil tem melhores condições em relação aos recursos naturais – água, solo fértil, clima, auto-suficiência em petróleo-, além de um sistema democrático, população economicamente ativa crescente, sistema judiciário consolidado entre outros fatores. No entanto, devido ao fato de a China ter feito algumas lições de casa que o Brasil não fez, como ter imprimido um projeto de crescimento desde o final da década passada e pelo seu tamanho, ela hoje está em posição de vantagem em relação ao B do Bric.



"Nossas políticas de desenvolvimento são elaboradas por acadêmicos que ainda acreditam na idéia de Adam Smith do Fomento das Nações. Eles querem fazer nações e estados fortes. A China e a Índia já perceberam o erro de Adam Smith. O correto é lutar pelo fomento das empresas, países precisam de empresas fortes e não de governos fortes. Enquanto eles fortalecem suas empresas, colocam administradores nos governos que sabem lidar com estas elas. Nossos economistas estão dividindo a Petrobras ao meio, criando fundos soberanos geridos pelos mesmos de sempre".




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